Category Archives: Podcast

Anthi Papadimatou: other forms of life

 

Anthi speaks about refugee camps, escapism, new forms of life, recognizing and creating new environments, reforesting, creating healthier environments, embracing and recognizing the other, who comes to us for help in times of unrest.

We talk about changing paradigms and ways of thinking, to not be part of the problems anymore, but try to be part of the solutions, and finding the ways and means to start going in other directions.

Anthi Papadimatou is a greek student of anthropology and is working on a refugee camp in greece. She is also a photographer, and her work can be seen here: @anthi.papadimatou

Moca e a música experimental

Moca fala acerca da música experimental após o concerto na “Matinoise” em Braga, organizado pela “Cantigas do Poço“.

Entrevista gravada na “Matinoise” das Cantigas do Poço no Rockstar pub, em Braga.

 

sobre o seu projecto, “IIOIIIE”:

“IIoIII3, ou, para os leigos, “nome” é um projeto com um número de membros sempre incógnito e sempre aberto, com o geresiano João Martins (Moca) no seu epicentro. Usa instrumentos convencionais e um set de pedais, objetos que estejam à mão, e/ou a simples energia da frustração para atingir níveis ultra-sónicos de ruído capazes de perfurar os nervos dos mais incautos. Sempre do vosso lado, disposto a esvaziar o preenchido e a preencher o vazio, ei-lo.” – Cantigas do Poço

Moca é um ilustrador, pintor e agente cultural. Mestre em Artes Plásticas pela FBAUP, co-fundou os colectivos Praga (Caldas da Rainha), Projéctil (Braga) e a promotora Cantigas do Poço (Braga).

O site do MOCA está acessível aqui: IIIOCA

Imagem da capa: “Gravuras (corpo/espaço/movimento)” – 2009, IIIOCA

Acampada em Defesa do Barroso

https://anchor.fm/atuaprima/episodes/Acampada-em-Defesa-do-Barroso-e169l1q

A gente do Barroso está em luta pela defesa do território e do seu modo de vida frente à ameaça da mineração. Desde que nos apercebemos que a empresa Savannah Resources quer aqui fazer uma grande mina a céu aberto, temo-nos organizado e mobilizado para lhe fazer frente. Estamos cada vez mais alerta, comprometidos e conscientes que temos de parar este projeto de destruição. De 14 a 18 de Agosto centenas de pessoas juntaram-se em Covas do Barroso em defesa das serras contra a mineração.

Este resgisto foi feito espontaneamente pela Tua Prima, ouvindo os sons da aldeia, suas habitantes e activistas que se mobilizaram nestes dias.

Gracias.

Não às Minas, Sim à Vida!

Manifesto

Djam e as novas mitologias

Djam visita a Matéria Prima para falar de novos começos. Como podemos pensar o mundo na sua multiplicidade, nas suas pluralidades? Como podemos imaginar novos começos, novas formas, novas mitologias? Como podemos pensar o mundo pós colonial? Qual o trabalho dxs artistas na criação de novas prespectivas? E como aprender a amar de novo?

Djam Neguin é dançarino, performer e músico, um artista multifacetado de Cabo Verde. O seu trabalho procura inspirar as pessoas para um futuro melhor. Recentemente lançou o maravilhoso projecto “SÊ KEL K BO Ê”, com Batchart, para sensibilizar para a saúde mental e o suicídio: “a cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo”. Organizou Kontornu: Festival Internacional De Danca Contemporânea de Cabo-Verde. Foi bolseiro da Gulbenkian em 2019 com o seu trabalho “Mornatomia”. Criou o video Menos Álcool, Mais Vida para sensibilizar para o excessos de consumo de álcool.

 

Manuella Bezerra de Melo apresenta “V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA”

Manuella visita o programa para apresentar “V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA: Uma antologia antirracista/antifascista de poetas estrangeirxs em Portugal” da qual é organizadora e curadora.

Falámos de anti-racismo, ocupação espaços, vozes e silenciamentos, territórialidades, doçura, violências e linguagem/ compreensão, para compreender melhor o âmbito da Antologia, que reúne 49 poetas estrangeirxs em Portugal.

Segundo o prefácio de Manuella Bezerra Melo, há mais de 600 mil estrangeirxs em Portugal. E 62% dos Portugueses manifestam racismo. Com estes números entrevemos a dimensão da questão. Séculos de história de violência imperialista e colonial, continuam a marcar tanto “cá” como “lá”. A Antologia V̶O̶L̶T̶A̶ é um passo em frente para o futuro que teremos de construir em conjunto, na abertura de portas e janelas, na ocupação de espaços e reivindicação de direitos, na vontade de construir e fazer avançar a democracia em conjunto.

“Dos mais extremos até o mais subtil preconceito, o estrangeiro em Portugal, está preso nesse labirinto na companhia de insultos e desdém, de pré-julgamentos quanto à sua idoneidade que nascem exclusivamente por serem quem são, dos estereótipos que ajudam a manter a hierarquia da superioridade colonial; homens brasileiros são violentos ou malandros, mulheres brasileiras são prostitutas ou vulgares, pretos são pretos, oras, deviam existir para servir e não mais que isso, para os ciganos, sapos na porta para espantá-los, latinos são um braço europeu, uma extensão do corpo, ou seja lá de onde você venha, você não deveria ter vindo, não deveria estar aqui, mas já que está, agora vai aprender a falar português corretamente, porque afinal o que falas é outra coisa, uma coisa errada. E podes até mesmo ter doutoramento em letras e literatura, segues a ser um colonizado analfabeto e ignorante para qualquer português, mesmo que ele nem tenha completado o quarto ano primário. “

 

Bruno, cuja ancestralidade da Guiné estava cravada, era , curiosamente, português, nascido e criado em Chelas, morto em Moscavide enquanto o mandavam VOLTAR. Perguntamos, portanto, angustiadamente, a que terra devemos voltar? Em que terra deveríamos estar que não aquela onde estamos agora? A quem pertencem estas terras todas? Os que nos mandam voltar à nossa terra serão os mesmos que um dia a ocuparam violentamente?

– Manuella Bezerra Melo, prefácio
«V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA: Uma antologia antirracista/antifascista de poetas estrangeirxs em Portugal», org.: manuella bezerra de melo e wladimir vaz, Urutau, 2021

A Antologia será lançada dia 8 de Maio 2021, no Porto.

Manuella Bezerra de Melo é curadora e organizadora da antologia VOLTA para tua terra junto ao editor Wladimir Vaz. Autora de Pés Pequenos pra Tanto Corpo (Urutau, 2019), Pra que roam os cães nessa hecatombe (Macabéa, 2020), ambos de poesia, e de A Fenda, seu primeiro livro de ensaio, no prelo pela editora Zouk. É jornalista especialista em literatura brasileira e interculturalidade, mestre em Teoria da Literatura e Literaturas Lusófonas e, atualmente, doutoranda no Programa de Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas na Universidade do Minho, em Portugal, onde vive desde 2017.

Ângela Polícia e a imersão da Arte

Ângela Polícia junta-se à Matéria Prima para uma conversa íntima sobre aquilo que faz, seu trabalho, paixões, experiências recentes e historiografias pessoais, a experiência da viagem e da migração, do voo, para cima e para baixo, imergir e emergir.

Ao longo da conversa fomos criando intimidade, imaginando presentes e tempos e lugares conhecidos e desconhecidos. As experiências da/o artista como artista e ser poético, as suas vivências pessoais e coletivas, comunitárias e familiares. Como são os artistas? Porque é a cultura desprezada, e a vida da/o artista tão dificultada? Porque não temos mais um ministério da cultura? Como podem xs artistas emergir desta crise que arrasou comunidades e coletividades? Como podemos labutar para ter voz?

Além disso, o que é a nossa cultura afinal, o que, ou quem, a faz? Como podemos criar em conjunto o nosso futuro? Portugal e xs portuguesxs e seus costumes, politicamente corretos: racistas, machistas e homofóbicos? Quem é marginal? Como navegamos as margens? A cultura, a genética, são “muitas mãos” de muitas gerações e importa questionarmo-nos, falar e debater a cultura, a arte, a sociedade e a humanidade e as suas questões se queremos continuar a sonhar.

 

Acerca de Ângela Polícia:
Ângela Polícia é uma manifestação de intervenção social e espirros emocionais. Numa fusão de vários estilos musicais urbanos como hip-hop, dub ou punk, Â.P. aborda temas variados como consciencialização, injustiça, violência, depressão, união, rotina, boémia ou sobrevivência. Não é preciso esconder as armas e o material que este Polícia está do nosso lado.”

“Ninguém sabe o que é a verdade

mas toda a gente sabe
que a mentira é lavável,

mentes curtas são fáceis de ruir.

A sério! Não estou a mentir apesar de rir de tudo
Sou cego, surdo e mudo.”

Justa(mente), do álbum: «Apútece-me!»

Oscar e o verdadeiro Tao

“Sem dúvida que o Tao que pode ser nomeado não é o verdadeiro Tao.”


O Oscar visita a Matéria Prima para uma verdadeira epopeia filosófica, um diálogo curtinho de 4 horas sobre tudo aquilo que é humano, sobre a filosofia oriental e ocidental, sobre o Tao, as problemáticas do pensamento, a energia e electricidade de que somos feites, os problemas da violência e predadorismo, ação e reação, movimentos humanos e não humanos e a terra na sua qualidade de habitat, habitação e esfera pública de todes xs seres.

É como se Sócrates e Chuang Tse se encontrassem à sombra de uma àrvore…

O Oscar é o autor do programa Crítica sem Piedade, que é transmitido às terças feiras na Rádio Paralelo, entre as 20h e as 22h.

“Todo  o meu trabalho criativo que está associado à noção de que o Tao nomeado  não é o verdadeiro Tao, está expresso em texto e imagem na página OdicforceSounds como também no site associado. O lado puramente sonoro associado a esta expressão encontra-se no Bandcamp e é de download gratuito, acrescentando um 0 (Zero) no pedido de um valor para o download das “músicas” em questão.”

 

Marta Calejo e as Mulheres

Para celebrar o dia 8 de Março, Marta Calejo junta-se à Matéria Prima para uma hora de conversa sobre os feminismos. Falamos de activismo, interseccionalidade, sobre o que é ser feminista e como podemos participar e criar novos mundos feministas, democráticos e anti-capitalistas. Quais as alternativas ao “velho regime” machista? Que novos caminhos podemos traçar? Quem nos pode ajudar?

No próximo dia 8 de Março celebra-se o Dia Internacional das Mulheres.

Esta data (e o movimento) inciados em 1909, em Nova Yorke, e proposto em 1910 na Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, como um “dia especial das mulheres”, foi popularizado desde a Revolução Russa, e é hoje celebrado em todo o Planeta, 112 anos depois. Mulheres como Clara Zetkin e Alexandra Kollontai foram nomes importantes desta luta. Em 1938, Dolores Ibárruri liderou a marcha das mulheres de 8 de março, em Madrid, durante a guerra civil espanhola. Foi Dolores quem cunhou o termo “No Passarán”, termo que é até hoje, o símbolo da luta contra o fascismo. 

Marta Calejo é Activista, Designer e Pintora. Trabalha com a UMAR (União Mulheres Alternativa e Resposta) e a Rede Internacional Feminista, e participou no projecto Feminismos Sobre Rodas. É também artista experimental, tendo realizado o projecto “Drawing as cartographer of everyday life spaces“, onde cartografou os movimentos dentro da sua casa, criando uma “hiper narrativa do dia-a-dia dentro de casa”. As suas pinturas podem também ser vistas nas ruas de Braga, como o caso da pintura “A Liberdade é Uma Luta Constante”, na freguesia de São Vicente, que inspirou o desenho deste podcast.


 

Matalascallando and Creativity

We spoke with Matalascallando, a peruvian bedroom artist that could be a bot, living in Porto.

We speak with Bruno aka Matalascallando about life of artists under lockdown, making art, coping mechanisms during pandemics and many other funny and strange science friccions.

Bruno is a Peruvian artist living in Porto and makes music after a carrer in advertising.

Nueva Sociedad reports that “The ongoing protests and political turmoil in Peru have exposed a deep divide in Peruvian society.” Peru is undergoing turmoil, just like the rest of the world. How does an artist relate to society?

In conversation with Bruno we discover his ideas, views and artistic plans for the next year, very strange times indeed.