#PTrevolutionTV #AltPT Quando o calor acalmar a PTrevolutionTV gostava de visitar o teu espaço e fazer um jantar benefit com uma conversa sobre Media Independente para ajudar o nosso objectivo de ir a Davos 2024. Se ajudas a gerir um espaço inclusivo e quiseres a nossa presença até a passagem de anos entra em contacto connosco porque queremos muito ir a Davos 2024, mas para isso precisamos da tua ajuda. Nós cozinhados e provemos uma conversa sobre Media Independente em Portugal e no Mundo só precisamos que arranjes os espaço e entres em contacto connosco. Pela soberania da informação. Informação sem cortes, sem edição, sem manipulação, sem tretas… @PTrevolutionTV

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Quando o calor acalmar a PTrevolutionTV gostava de visitar o teu espaço e fazer um jantar benefit com uma conversa sobre Media Independente para ajudar o nosso objectivo de ir a Davos 2024.
Se ajudas a gerir um espaço inclusivo e quiseres a nossa presença até a passagem de anos entra em contacto connosco porque queremos muito ir a Davos 2024, mas para isso precisamos da tua ajuda.
Nós cozinhados e provemos uma conversa sobre Media Independente em Portugal e no Mundo só precisamos que arranjes os espaço e entres em contacto connosco.

Pela soberania da informação.
Informação sem cortes, sem edição, sem manipulação, sem tretas… @PTrevolutionTV
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#PTrevolutionTV #AltPt O nosso Ninja Nuno tem estado a montar, realizar e desmontar o Humanifest 2023, um festival em que só pagas o que podes e tudo o que é apresentado é voluntariado, apenas as deslocações são pagas l, músicos incluídos, espreita o perfil dele para veres momentos das montagens e desmontagens do festival, porque, o festival é só para quem lá esteve. Daqui a dois anos algures há um novo Festival, junta-te para celebrar ou construir, seja para o que for marca aí na agenda de 2025. E como o Nuno diz, Have Fun Play Life

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O nosso Ninja Nuno tem estado a montar, realizar e desmontar o Humanifest 2023, um festival em que só pagas o que podes e tudo o que é apresentado é voluntariado, apenas as deslocações são pagas l, músicos incluídos, espreita o perfil dele para veres momentos das montagens e desmontagens do festival, porque, o festival é só para quem lá esteve.

Daqui a dois anos algures há um novo Festival, junta-te para celebrar ou construir, seja para o que for marca aí na agenda de 2025.

E como o Nuno diz, Have Fun Play Life
https://www.facebook.com/791563079636958/posts/811169591009640

[23-08-26] Marcha: VAMOS SALVAR OS SOBREIROS @ Parque Eduardo VII

Marcha: VAMOS SALVAR OS SOBREIROS

Parque Eduardo VII - Parque Eduardo VII (sábado, 26 agosto 12:00)
Marcha: VAMOS SALVAR OS SOBREIROS

SOS Ecocídio
VAMOS SALVAR OS SOBREIROS!

Manifestação 26 de Agosto - 12h - Lisboa!

Vamos realizar uma grande Manifestação para mostrar aos nossos governantes e à EDP que as leis são para serem cumpridas.

Em causa está o salvamento de um bosque de montado de sobreiros,  adultos, saudáveis, a extrair cortiça.

Estas árvores são espécies protegidas por lei e não podem ser abatidas, de acordo com a legislação vigente em Portugal.

No local está prevista a instalação de um parque eólico da EDP com o abate de mais de 2 mil sobreiros, espécie protegida por lei.

Dia 26 de Agosto às 12h, todos os caminhos vão dar a Lisboa, para a Marcha "VAMOS SALVAR OS SOBREIROS."

Saímos às 12h do alto do Parque Eduardo VII até ao Ministério do Ambiente em Lisboa e terminamos no Jardim do Príncipe Real.

Vamos caminhar, cantar, celebrar e levantar a voz e anunciar as novas acções de protesto.

O objectivo desta marcha é exigir aos governantes:

A revogação do despacho n.º 7879/2023 1 de Agosto 2023, que autoriza a EDP a abater mais 1800 sobreiros, para a construção de um Parque Eólico em Morgavel, Sines.

Contamos contigo para esta Manifestação em Lisboa!

Agradecemos que envies este cartaz e esta mensagem aos 4 ventos e para todos os teus contactos 🌬🌳💗🌳

Obrigada!

Despejo de família no Porto adiado por 30 dias

A Habitação Hoje denunciou a semana passada um despejo iminente de um casal com quatro filhos no Porto. Na sexta feira, na presença da comunicação social e dos vizinhos, o despejo foi adiado por 30 dias.

“Hoje o despejo de um casal com quatro filhos de uma casa do IHRU foi adiado 30 dias graças à mobilização dos vizinhos, da comunicação social e da Habitação Hoje. Os despejos em habitação social tem de cumprir regras que não foram cumpridas hoje nem nas dezenas de despejos que já acompanhamos. (…) Hoje a luta colectiva e informada conseguiu adiar o despejo de uma família com quatro crianças. Os 30 dias não garantem a estas pessoas uma habitação digna e por isso continuaremos lado a lado na procura de soluções e respostas públicas!” escreveu o coletivo Habitação Hoje nas redes sociais.

DENÚNCIA

“Soubemos ontem que vamos ser despejados na sexta-feira. Já falamos com o IHRU e com a SS, não temos alternativa.

“Vamos ser despejados sexta-feira e só nos disseram com 4 dias de antecedência. Há 7 anos, ocupamos esta casa do IHRU, que estava devoluta, porque não conseguimos pagar nenhuma casa no mercado. O Bairro estava e está muito degradado. Ao longo destes anos tentamos entrar em contacto com o IHRU para regularizar a situação, nesta ou noutra casa, mas nunca o quiseram fazer. Se nos despejarem na sexta-feira, não temos para onde ir com os nossos filhos. É inacreditável como é o próprio Estado a tirar o tecto que as pessoas conseguiram arranjar para si, sem dar nenhuma alternativa.”

Casal com 4 filhos, Porto

O coletivo Habitação Hoje escreve que:

A Habitação Hoje diz que acompanha já mais de duas dezenas de casos de despejos nos bairros do IHRU “onde não é dado o direito à defesa a quem vai ser despejado nem é cumprida a lei na garantia de uma alternativa”

“As casas ocupadas, em situação de desespero e sem outra alternativa, estão abandonadas há anos e muitas vezes sem as condições mínimas de habitabilidade. O Estado não garante o direito à habitação e depois despeja pessoas e famílias, sem qualquer alternativa. (…) Os despejos continuam e são também levados a cabo pelo Estado, que não cumpre a lei ao tirar a casa a esta família sem lhe garantir uma alternativa digna.”

“As casas que pertencem ao IHRU e às Câmaras Municipais enquadram-se no Regime do Arrendamento Apoiado. Neste regime, todas as desocupações e despejos devem ser acompanhados pela Segurança Social, que deve encaminhar previamente as pessoas para uma solução digna. “Os agregados alvos de despejo com efetiva carência habitacional são previamente encaminhados para soluções legais de acesso à habitação ou para prestação de apoios habitacionais. Em todos os despejos que acompanhamos este regulamento não foi cumprido. Adiar o despejo 30 dias não garante a esta família uma habitação digna com um custo que consiga suportar. O Estado, com mais de 7 mil casas vazias, prefere despejar pessoas que precisam de uma habitação do que cumprir o Regime de Arrendamento Apoiado, a Constituição e a Lei de Bases da Habitação.”

A Habitação Hoje reúne em ASSEMBLEIAS nas 1º e 3º segundas-feiras de cada mês às 18h30 na Associação de Moradores da Lapa (metro Lapa).

Podes saber mais em https://www.habitacaohoje.org/

Notícias:

RTP https://www.rtp.pt/noticias/pais/familia-despejada-no-porto-vania-e-quatro-filhos-vao-ficar-sem-casa_v1508100

Público https://www.publico.pt/2023/08/18/local/reportagem/mae-quatro-filhos-vivem-casa-ocupada-onde-contam-dias-ir-rua-2060606

Contra o Abate de 1.800 Sobreiros em Morgavel, Sines

200 pessoas manifestaram-se no dia 15 de Agosto em Sines contra o abate de milhares de Sobreiros para construção de um parque éolico da EDP.

O Governo deu autorização à EDP para o abate de mais de 1800 sobreiros em Morgavel, Sines, para a construção de um Parque Eólico.

Em Portugal o abate de sobreiros é proibido – apenas sobreiros mortos ou doentes podem ser cortados com permissão das autoridades.

Os sobreiros são árvores extremamente importantes para o ecossistema, a biodiversidade e o combate às alterações climáticas e podem viver até aos 250-300 anos!

Dia 15 de Agosto, feriado nacional, juntamo-nos para caminhar da praia até ao bosque e abraçar estas árvores como contestação a este ecocídio e pela proteção e preservação das nossas florestas.

Movimento pelas Águas e Serras

A Quercus pede alterações urgentes ao projecto. A Associação diz que:

O projeto é composto por 12 aerogeradores, mas a localização do Parque Eólico de Morgavel, incluindo cerca de 16 km de linhas elétricas associados ao empreendimento junto ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, por si só representa uma ameaça à compatibilização com a proteção da biodiversidade, pelo facto de coincidir com o corredor de migração de aves selvagens protegidas, nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém, agravado pela afetação de 3 325 exemplares de sobreiro, com abate de 1821, em 32 hectares de povoamentos.

A Quercus considera estes números demasiado elevados para um pequeno projeto, pelo que o mesmo deve ser revisto, ajustando-se o mais possível a critérios de conservação da natureza.

O projeto em causa também está localizado numa área muito crítica identificada pelo ICNF para as aves aquáticas que interdita este tipo de projetos. (… ) A População reprodutora de águia-pesqueira de Portugal, está ameaçada. Este projeto localiza-se próximo de 1 dos 2 únicos ninhos de Águia-pesqueira existentes em Portugal e pode contribuir para o desaparecimento da população reprodutora desta espécie em perigo critico de extinção.”

Quercus
https://quercus.pt/2023/08/03/parque-eolico-de-morgavel-em-sines-quercus-pede-alteracoes-urgentes-para-compatibilizar-criterios-de-conservacao-da-natureza/
Audio copiado da Rádio Diana FM
https://www.dianafm.com/mais-de-100-pessoas-marcharam-contra-parque-eolico-em-sines-que-preve-abate-de-sobreiros-c-som/

Petição com 11 mil assinaturas

ASSINAR: https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=SobreirosMorgavel

Introdução:
Nós, cidadãos e cidadãs preocupados com o futuro do meio ambiente em Portugal e a preservação de nossos recursos naturais, viemos através desta petição expressar nossa discordância com o despacho governamental que autoriza o abate de sobreiros no Parque Eólico de Morgavel, sob a alegação de “imprescindível utilidade pública”. Entendemos que tal justificativa carece de fundamentação adequada, e suspeitamos que interesses privados estejam prevalecendo sobre o bem-estar da população portuguesa e a preservação de nossa biodiversidade.

Fundamentação Legal:
Em conformidade com a legislação vigente em Portugal, o abate de árvores, especialmente de espécies protegidas, como os sobreiros, deve ser excepcional e embasado em critérios rigorosos para ser considerado de “utilidade pública”. O despacho governamental em questão deve ser submetido a uma análise minuciosa para verificar se atende a esses requisitos legais, o que questionamos veementemente.

Benefício à População:
Alegar que o abate de sobreiros no Parque Eólico de Morgavel é de “utilidade pública” é insustentável, uma vez que não foram apresentadas provas concretas de que a população portuguesa será significativamente beneficiada por tal ação. Além disso, os sobreiros têm um papel fundamental na manutenção do ecossistema local, promovendo a biodiversidade, a retenção de água e a fixação de carbono. Sendo assim, o corte dessas árvores teria um impacto negativo no equilíbrio ambiental da região, prejudicando a qualidade de vida de todos os cidadãos.

Interesses Privados:
Suspeitamos que interesses privados possam estar influenciando essa decisão governamental, o que é inaceitável. Exigimos total transparência sobre os motivos que levaram à classificação do abate de sobreiros como “imprescindível utilidade pública” e demandamos que quaisquer conflitos de interesse sejam esclarecidos. Acreditamos que as decisões relativas ao meio ambiente devem ser pautadas única e exclusivamente pelo bem comum da população portuguesa e da natureza que nos cerca.

Conclusão:
Diante do exposto, instamos o governo português a rever o despacho que autoriza o abate de sobreiros no Parque Eólico de Morgavel, considerando as evidências apresentadas nesta petição e priorizando a preservação do meio ambiente e o bem-estar da população. Exigimos que alternativas sustentáveis e menos impactantes ao ecossistema sejam amplamente estudadas e consideradas. Somente com a participação ativa da sociedade e o respeito ao meio ambiente, poderemos construir um futuro mais próspero e equilibrado para as gerações vindouras.

Desenho: O TOMA
grupo de personagens que brincam com os exageros dos nossos dias.
https://www.instagram.com/p/Cv7DCqpteEV/?img_index=2

Notícias:

SIC https://sicnoticias.pt/pais/2023-08-15-Marcha-pelos-sobreiros-em-Sines-ambientalistas-repudiam-projeto-eolico-da-EDP-cde51daf

DIANA FM https://www.dianafm.com/mais-de-100-pessoas-marcharam-contra-parque-eolico-em-sines-que-preve-abate-de-sobreiros-c-som/

Radio M24 https://www.radiom24.pt/grupo-de-cidadaos-contra-parque-eolico-em-sines-que-preve-abate-de-sobreiros/

Diario de Noticias https://www.dn.pt/sociedade/cidadaos-manifestam-se-contra-parque-eolico-em-sines-16863768.html

Camp in defense of Barroso / Acampada em defesa do Barroso / Campamento en defensa de Barroso

EN – PT – ES

EN

Camp in defense of Covas do Barroso

For 10 days, communities and national and international organizations gathered in Covas do Barroso in the struggle against what is promoted as the largest open pit lithium mine in Europe.

The camp has been running for three years and has attracted thousands of activists, earth defenders and journalists to the region of Barroso.

The local population, as well as their democratic institutions such as the common lands director, local parish and city mayor are overwhelmingly against the mining project and have been fighting it for 5 years now.

The project has received a so called “green light” from the Portuguese Environment Agency but it is stalled, as the company cannot access the lands legally and there are many other obstacles raised by local populations to the start of the project.

Local environmental organizations are bound to take more legal action in courts and activists promisse direct action in the future, if the company tries to pursue their goals in opening the Covas do Barroso mine.

Hundreds of people marched on August 15 at the final action of the camp, where many conversations, concerts and popular gatherings where held during the week.

The mining projects can be stopped, as activists join forces with local populations to defend one of the most biodiverse regions in Portugal, a long standing traditional agricultural region, as Barroso is considered a World Agricultural Heritage by the UN – FAO.

PT

Acampamento em defesa do Barroso

Por mais de uma semana, comunidades locaus e organizações internacionais encontraram-se em Covas do Barroso, na lita contra a propagandeada maior mina de lítio a céu aberto da Europa.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Acampamento em Defesa do Barroso atraiu milhares de ativistas, defensores da terra e jornalistas às terras Barrosãs.

A população local, bem como as suas intituições democráticas, incluindo a direção dos Baldios, a Junta de Freguesia e até mesmo a câmara municipal de Boticas, estão unidas na resistência ao projecto mineiro, numa luta que dura à cerca de cinco anos.

O projecto recebeu a chamada “Luz Verde” da Associação Portuguesa do Ambiente mas está parado, porque a empresa não consegue aceder às terras legalmente e há muitos outros obstáculos legais e práticos levantados pelas populações locais contra o início do projecto.

As associações ambientalistas locais irão tomar mais ações legais em tribunal e ativistas prometem ação direta no futuro, caso a companhia tente prosseguir com os seus objectivos para a mina do Barroso.

Centenas de pesoas marcharam no dia 15 de Agosto na ação final do acampamento, onde muitas conversas, concertos e encontros populares decorreram.

Os projectos mineiros no Barroso serão impedidos se ativistas e populações locais juntarem forças para defender uma das regiões mais biodiversas em Portugal, o Barroso, antiga região de agricultura tradicional e Património Agrícola Mundial pela FAO – ONU.

ES

Campamento en defensa de Barroso

Durante más de una semana, comunidades locales y organizaciones internacionales se reunieron en Covas do Barroso, en la lucha contra la llamada mayor mina de litio a cielo abierto de Europa.

Por tercer año consecutivo, el Campamento en Defensa de Barroso atrajo a miles de activistas, defensores de la tierra y periodistas a las tierras de Barroso.

La población local, así como sus instituciones democráticas, incluida la junta de Baldios, la junta parroquial e incluso el ayuntamiento de Boticas, están unidos en su resistencia al proyecto minero, en una lucha que dura ya unos cinco años.

El proyecto ha recibido la llamada “luz verde” de la Asociación Portuguesa de Medio Ambiente, pero se ha estancado porque la empresa no puede acceder legalmente al terreno y hay muchos otros obstáculos legales y prácticos planteados por la población local contra el inicio del proyecto.

Las asociaciones ecologistas locales emprenderán nuevas acciones legales ante los tribunales y los activistas prometen acciones directas en el futuro si la empresa intenta perseguir sus objetivos para la mina de Barroso.

Cientos de personas marcharon el 15 de agosto en la acción final del campamento, donde se celebraron numerosas charlas, conciertos y reuniones populares.

Los proyectos mineros en Barroso se detendrán si los activistas y la población local unen sus fuerzas para defender una de las regiones con mayor biodiversidad de Portugal, Barroso, antigua región de agricultura tradicional y Patrimonio Agrícola Mundial de la FAO y la ONU.

Audio:
https://archive.org/details/arruada-acampamento-barroso-2023

Video:
https://www.youtube.com/watch?v=rBwDo2Pk_ts

Violência Policial e securitária num supermercado de Cedofeita, Porto

Primeiro testemunho

Estou numa esquadra de Cedofeita, no Porto.

Caso haja algum advogado que me possa dar mais dicas sobre isto, agradecemos.

Uma história num Pingo Doce de Cedofeita.

Um homem, só por acaso negro, foi agarrado com modos, completamente brutos, pelo segurança da loja que queria a mochila dele porque tinha roubado alguma coisa, sabemos agora que foi um champô nivea e um saco de ervilhas congeladas, o rapaz resistiu em dar a mochila, até que o segurança e vários funcionários e funcionárias, após muitas sapatada e empurrões, conseguiram que ficasse sentado chão, comigo e outra rapariga a dizer que pagavamos aquilo, a dobrar, triplicar, o que quisessem, e que não era necessário nada daquilo. De repente, como o rapaz se queria levantar, mas sempre seguro por funcionários, o segurança pega em dois carros de compras e ia dar na cabeça do homem. A rapariga e eu empurramos o segurança com força, as próprias colegas ajudaram,… Se ele fizesse o que ia fazer matava o rapaz. Estávamos revoltadas com o que estávamos a assistir e a dizer que a única coisa que poderiam fazer, era fechar as portas com o rapaz lá dentro e esperar pela polícia. Entretanto, entram uns, sem exagero, 12 polícias com coletes à prova de bala (mas quando cheguei à rua estavam várias carrinhas e carros da polícia. Parecia que tinha havido um assalto à mão armada ou coisa mais grave). Estávamos, uma rapariga e eu a dizer à polícia o que é que o segurança ia fazer ao rapaz, a polícia respondeu que não queria saber nada disso e começou a dizer para nos afastarmos. Insistimos, dissemos “não querem saber porque há muito racismo no vosso meio” um dos polícias, praí com 1,90m, levanta o cacetete, arrasta a rapariga e, com uma bruta de uma força empurra-a de cara contra a parede a pôr-lhe os braços atrás das costas prontos para ser algemada. A irmã põe a mão no braço do polícia a pedir para não lhe fazer mal,… Bom, a miúda ficou no estado que se vê nas fotos. O polícia desatou às cacetadas às pernas da miúda. De imediato tirou o colete que tinha o nome dele, entregou-o a uma colega e desapareceu. A rapariga está a ser interrogada, dizem eles vai ficar detida, entretanto chegou uma ambulância do INEM, levaram a rapariga para dentro da ambulância, passado uns 20 minutos ela entrou na esquadra já pelo pé dela. A irmã está a apresentar queixa do polícia que lhe bateu, do qual não nos dizem o nome, eu fui identificada e vou ser a única testemunha. Falei com um advogado, têm que soltar a rapariga que foi detida, a irmã tem de ir ao hospital e amanhã, porque hoje é feriado, tem de ir ao instituto de medicina legal.

Entretanto, mandaram o rapaz embora. Ouvi eu, o polícia ler-lhe um papel onde dizia o que ele tinha na mochila

“um saco de 500g de um produto congelado (ervilhas) e um frasco de champô de 400ml da marca Nívea.

Bom, devo dizer que estava muita gente contra o que o segurança ia fazer (dar com os carros no rapaz, que estava sentado e a ser segurado por outros funcionários) assim como com o tratamento que os polícias deram às duas irmãs. Sobrei eu, que quase levei uma tareia de um grupo de fulanas, todas da mesma família, com crianças inclusive, que me empurravam e diziam

“o homem só está a fazer o trabalho dele…

Ide pró C… Agora é tudo racismo…”

A rapariga é muito magra, olhem como ficou com as pernas atrás dos joelhos e com as nádegas.

Se puderem partilhar, é uma atitude em prole de uma luta contra as injustiças.

Segudo Testemunho

URGENTE

Gostava que me ajudassem a partilhar a minha história. Ontem, dia 15 de Agosto, fui ao pingo doce, onde assisti a um episódio e racismo por parte do segurança para com um sem abrigo que tinha roubado um shampo e um saco de ervilhas. Toda a gente indignada tentou separar o segurança do rapaz (porque para além dos empurrões contra a parede, contra o chão, etc… Ainda pegou em dois carros do pingo doce pronto para dar com eles na cabeça do sem abrigo). Eu, a minha irmã e uma senhora muito querida que aceitou ser minha testemunha, participamos na tentativa de separação, assim como outras pessoas, incluindo funcionários do pingo doce, e até nos oferecemos para pagar o que o rapaz tinha na mochila. No meio desta confusão toda, entram uns 10/12 policias na loja, com coletes anti bala, para além disto, estavam fora do pingo doce imensos carros da polícia e mais uns 15 agentes. TUDO PORQUE UM SEM ABRIGO ESTAVA A TENTAR LEVAR UM SHAMPO E UMA SACA DE ERVILHAS! Entretanto quando a polícia chegou, a minha irmã e a testemunha foram falar com um dos polícias para tentarem explicar o que o segurança estava a fazer. O polícia disse: eu não quero saber nada disso e empurrou a senhora e a minha irmã. Ao que a minha irmã não se calou. De repente, só vejo esse polícia a atirar a minha irmã contra a parede com muito força, que até bateu com a cabeça, e a começar a algema-la. Eu, em defesa da minha irmã, comecei a ir atrás do polícia a pedir que não fizesse isso, toquei lhe no braço e nessa momento ele pegou no cacetete e agrediu-me na parte posterior da perna esquerda (atrás do joelho), eu caí e ainda não satisfeito, comigo já no chão, deu-me outra pancada nas nádegas. Conclusão: a minha irmã foi acusada de resistência e coação, no relatório esse polícia disse que a minha irmã lhe tinha batido (MENTIRA). Eu fui apresentar uma queixa crime contra a pessoa que me agrediu, e na esquadra todos os amigos desse tão bom profissional me gozaram enquanto eu chorava, a dizer por exemplo: vê se disfarças melhor, não estás a mancar assim tanto, a rirem-se, e sempre a intimidarem-me. Recusaram-se a dar-me o nome do sujeito que me agrediu. Este foi o estado em que eu fiquei.

“Mais um episódio da história do supermercado Pingo Doce de Cedofeita.”

Esta é a porta do tribunal onde a rapariga que foi detida ontem se teve de apresentar hoje. Aqui estão, o polícia (à paisana) que com toda a brutalidade a atirou de frente contra a parede para a algemar e que, também com toda a brutalidade, bateu na irmã com o cacetete, primeiro nas pernas e depois já com ela caída no chão lhe continuou a dar com o cacetete nas nádegas, isto por a rapariga lhe pedir, a chorar, para não magoar a irmã. Estão também mais polícias à paisana, que também estavam presentes tanto na ocorrência do Pingo Doce, como na esquadra para onde nos levaram. Está também a gerente do dito super e do outro lado do passeio estava o segurança que armou isto tudo e que se não fossemos os presentes, tinha matado o ladrão das 500 gramas de ervilhas e 400ml de champô, com dois carros que pegou para lhe dar na cabeça, com ele no chão agarrado por outros colegas do segurança. (nunca é demais lembrar episódios destes). Estão também ali dois polícias fardados. Que também estavam na esquadra no dia anterior, e que, só por um acaso, foram convidados, por quem de direito, a sair do interior do tribunal, onde se tinham instalado junto da acusada que se encontrava sozinha lá dentro. Para que seria?

Estavam ainda, do lado oposto da rua, dois carros 112 da polícia, cada um deles com cinco elementos das forças de segurança pública da PSP, todos devidamente fardados de azul. Estavam ainda duas motas, também das forças de segurança pública com os devidos elementos, só que estes com farda preta, com coletes e tudo.

Pergunta que, obviamente, se impõe:

O que é que estavam estes elementos todos em pleno serviço, uma vez que estavam devidamente fardados e com os carros e motas de trabalho, a fazer ali? Estavam a guardar um colega que foi notificado para se apresentar no tribunal, tal como a rapariga, às 14h? Estavam presentes por solidariedade com o colega? Por solidariedade com a rapariga que foi detida? Ou por solidariedade comigo?

Bom, a certa altura, apeteceu-me tirar fotografias à via pública e depois à fachada de um edifício público, o tribunal, (algumas delas que anexo na publicação). Coisa que não me é, de forma alguma, proibida.

O senhor que prendeu uma das miúdas e bateu na outra ficou mal disposto ao ver-me tirar as fotos, e que até ali estava em grandes risadas com os amigos, abordou-me com os seus maravilhosos modos “não volta a tirar fotografias, senão fica sem o telemóvel”

Eu

“desculpe? Primeiro não se dirige a mim com esses modos. Depois não volta, sequer a dirigir-se a mim, porque não o conheço de lado nenhum”

Ele

“conhece sim. Sabe perfeitamente quem eu sou. E sabe que também a conheço”

Eu (parece uma anedota. Não parece?)

“não, nao conheço. O senhor está à paisana”

Ele (sempre com uma agressividade…)

“Está a ver como sabe quem eu sou.”

Eu

“deixe-me falar que não acabei. O senhor está à paisana, eu também. Essa senhora também assim como estas pessoas que estão comigo (eram a família das miúdas)

Portanto, a si não o conheço de nenhum lado. A estes dois senhores que estão aqui fardados conheço sim. São dois polícias. Por isso conheço-os como tal. A si não. Por isso não me vai dirigir mais a palavra. Porque eu não quero”

Ele (chegou-se mais pra mim, fez peito, abre os braços e

“fica a saber que a conheço bem. Melhor do que pensa..”

O rapaz, namorado da miúda detida, dá um passo em direção a ele e perguntou

“mas isso é uma ameaça?”

A mãe da miúda

“Orquídea, esta é a pessoa que bateu nas minhas filhas? (farta de saber que sim, mas não se conteve)

Eu, com uma grande calma, respondi

” não sei. Só sei que não o conheço”

E a mãe

“mas o meu coração de mãe diz-me que é ele” 😢

Virei Costas e pedi para atravessarmos para o outro lado da rua. Ou seja, para a beira dos outros polícias que estavam, uns dentro dos carros, outros de fora.

O fulano também atravessa, vai ter com os colegas e diz

“a gaja tirou fotografias, e de certeza que vão ser postas no Facebook”

Meteram-se todos nos carros e motas e foram embora. O fulano voltou para a beira dos seus amigos à paisana.

Entretanto chegou a miúda com o pai, que vinham do Instituto de Medicina legal

E o outro amigo, polícia à paisana virou-se para ele e

“Olha a tua rapariga manca da perna.. (risota)”

E pronto. Aqui estão as fotos no Facebook, tal como ele sugeriu. É só.

Quem puder partilhar, é uma contribuição em prole de uma luta contra as injustiças.

Comunicado da SOS Racismo

SOS RACISMO Condena Atos de Violência e Abuso Policial em Incidente em Cedofeita

18/08/2023 SOS Racismo Comunicados de imprensa

O Movimento SOS RACISMO expressa veemente indignação diante dos recentes incidentes ocorridos em Cedofeita, Porto, que resultaram em atos de violência e abuso policial.

No dia 15 de agosto, o SOS RACISMO tomou conhecimento de um incidente através de uma publicação nas redes sociais de Orquídea Oliveira, que descreve um episódio perturbador envolvendo um cidadão racializado e sem abrigo num supermercado local (parte da cadeia Pingo Doce). O incidente, que deveria ter sido resolvido de forma pacífica e digna, acabou em violência física, com segurança da loja e funcionários imobilizando o indivíduo em questão.

De acordo com relatos de testemunhas, após a intervenção dos funcionários da loja, um contingente da Polícia foi chamado ao local, culminando em mais violência, incluindo agressões físicas a pessoas envolvidas na tentativa de impedir ações excessivas por parte do segurança. Entre as testemunhas, destaca-se Inês Rodrigues que fora agredida após intervir em defesa da irmã (detida por se insurgir contra o modo como a situação estava a ser tratada) e da vítima inicial. Esta circunstância é um exemplo alarmante do abuso de poder e violência policial que ainda persistem em nossa sociedade.

Além disso, no dia 16 de agosto, Inês Rodrigues reportou ter apresentado uma queixa contra a agressão policial na esquadra, onde relata ter sido alvo de chacota por parte dos agentes presentes. A falta de respeito e sensibilidade demonstrada pelas autoridades apenas reforça a urgência de medidas de reforma e de formação no seio policial.

O SOS RACISMO condena categoricamente qualquer forma de violência, discriminação racial e abuso de poder, seja por parte de seguranças privados ou agentes policiais. É inadmissível que indivíduos sejam submetidos a tratamentos humilhantes e desumanos, simplesmente pela sua aparência ou origem étnica.

Reforçamos nossa solidariedade com as vítimas destes atos e expressamos nosso apoio incondicional àqueles que ousam lutar contra o racismo e a injustiça. Exigimos uma investigação transparente e imparcial deste incidente, bem como uma reavaliação profunda das práticas de segurança e das abordagens policiais para garantir que esses incidentes não se repetem.

O SOS RACISMO continuará a trabalhar incansavelmente para defender os Direitos Humanos, combater a discriminação racial e contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva e quer desta forma solidarizar-se com todos aqueles que deram a cara neste caso.

18 de agosto de 2023

Notícias

Esquerda.net: https://www.esquerda.net/artigo/psp-e-seguranca-privada-acusadas-de-violencia-no-pingo-doce-de-cedofeita/87378

Porto Canal: https://portocanal.sapo.pt/noticia/334669?utm_campaign=later-linkinbio-porto.canal&utm_content=later-37236526&utm_medium=social&utm_source=linkin.bio

Lusa: https://www.noticiasaominuto.com/pais/2382276/furto-em-supermercado-leva-a-duas-detencoes-e-queixa-contra-agente-da-psp