O Mercadinho do Botanico, um olhar Antropológico sobre a Agroecologia e a Agricultura Familiar

O Mercadinho do Botanico, um olhar Antropológico sobre a Agroecologia e a Agricultura Familiar, é um documentário antropológico realizado no âmbito do Mestrado em Antropologia, Culturas Visuais (Antropologia Visual).

A problemática da agroecologia, da autonomia alimentar e da agricultura familiar constituiu um
campo de pesquisa antropológica, cuja emergência permite a construção de conhecimento sobre
os movimentos sociais, que têm surgido com novas formas de luta contra o impacto de políticas
económicas capitalistas neoliberais, os modelos industriais de extração massiva de recursos escassos e da destruição da natureza.
Em Portugal, os problemas ambientais e sociais têm-se agravado com a falta de políticas e de programas adequados, daí um estado ecológico em ruína, a proliferação de métodos de produção alimentar agrotóxicos e intensivos, cadeia de distribuição dos alimentos que põe em risco a saúde
pública e a especulação dos preços, mão-de-obra barata acompanhada pela exploração laboral e tráfico humano, contaminação da agricultura biológica pelas grandes indústrias.
Com efeito, esta etnografia de micro-escala, realizada num horizonte temporal de curta duração, pretende destacar o papel dos atores locais nos processos de criação de plataformas alternativas
de ação, como associações e redes de proximidade e de regeneração da paisagem e do território.
Através do conhecimento das estratégias, dinâmicas e práticas destes movimentos ecologistas e associações locais, é possível constatar que está em curso uma mudança de paradigma de modelos de produção e de consumo baseados na agroecologia, na agricultura familiar, num
desenvolvimento local sustentável.
O caso do Mercadinho do Botânico / Mercadinho Biológico de Coimbra, é bem um exemplo destas transformações pelo que constitui o micro-sistema sobre o qual incide o estudo de caso que deu origem ao documentário/ filme etnográfico, o qual foi realizado tendo por base científica a Antropologia Visual. Deste modo, foi possível relevar todo um quadro que apela à experiência dos sentidos, às sensibilidades culturais em presença, à motivação dos atores sociais para optarem por formas de vida alternativas e para criarem grupos de pertença, redes e sentido de comunidade.

Fernando Antunes Amaral

link para o video do autor Carlos Seco com imagens do Mercadinho no Botânico: https://www.youtube.com/watch?v=tsHkb...

ASSEMBLEIA PÚBLICA: RETOMAR A CIDADE!

Estamos a passar por um momento decisivo das nossas vidas e da vida da nossa cidade.

Enquanto queremos começar a nossas vidas independente, apercebemo-nos que vai ser muito duro ou mesmo impossível viver nesta cidade, onde o preço do aluguer de um quarto ou de um apartamento é muito mais alto do que salários que estamos a ganhar ou achamos que vamos ganhar.

Porque são as rendas tão altas, se os salários são tão baixos?

I. A casa, que é uma necessidade humana fundamental, é subordinada às leis do mercado. O governo ‘socialista’ de Costa e os governos anteriores tomaram políticas económicas direcionadas a favorecer a especulação: a liberalização selvagem do mercado imobiliário, os apoios fiscais aos fundos imobiliários, a falta de regulamentação dos alojamentos locais, a instituição de “vistos gold”. Isto porque o turismo e a especulação imobiliária são os principais motores da triste economia neoliberal portuguesa!

II. Há poucas casas disponíveis e para alugar uma casa temos de competir com quem não tem um salário português. O Governo passou anos a vender a marca “Lisboa” e facilitou a vinda de quem tivesse um salário muito alto e quisesse viver em Lisboa durante alguns anos: é o esquema dos “residentes não habituais”, dos reformados europeus que não pagam impostos se trabalharam fora de Portugal, é o novo esquema dos “nómadas digitais”. Por isso, nós estudantes e jovens trabalhadoras/es (sejamos portuguesas/es ou imigradas/os) temos de competir com quem tem um salário ou disponibilidade financeira muito superior à nossa!

III. Não há casas públicas! As casas públicas constituem meramente 2% do parque habitacional. Só em Lisboa há mais de 48.000 casas vazias, pelo menos 2.000 de propriedade municipal , mas nem a Câmara nem o Governo têm um plano sério para podermos habitar estas casas: Os recursos disponibilizados pelo governo são ridículos, há um respeito sagrado pela propriedade privada mesmo quando esta é devoluta e a existência de casas vazias potencia a bolha especulativa.

IV. A tudo isto juntam-se políticas que culpam e punem a pobreza e os que querem viver fora das leis do mercado: os moradores que ocupam casas públicas e privadas abandonadas há décadas são expulsos em nome da legalidade e da segurança.

O estado da cidade e o seu futuro. Lisboa é cada vez mais um ‘recreio’ ao ar livre para turistas, trabalhadores da classe executiva e nómadas digitais, sem espaços para nós, as nossas atividades e associações. Se continuar assim, vamos ter de escolher entre emigrar ou ficar, aceitando trabalhar sempre mais, cada vez com menos direitos, lutando entre nós, cada vez com menos tempos e espaço para aproveitar do nosso tempo!

Qual é a solução? Sabemos o que não é a solução, a solução não é o desespero, não é a competição, não é criminalizar os mais fracos, não é o discriminar com base no país de origem, etnia, género ou identidade sexual!

A solução é uma construção coletiva, que temos de encontrar juntas! Por isso estás convidada/o a uma assembleia aberta para sábado 19 de Novembro às 17:00 na Sirigaita com o objetivo de abrir um espaço autónomo (apartidário, antifascista, anti-racista, feminista e inclusivo) de debate e ação política.

É necessário organizarmo-nos para resistir e criar uma cidade onde é possível e doce viver.

Evento de Facebook

STOP DESPEJOS


// 20h – há jantar.
// a partir das 20h há musica para dançar com The Incomplete Committee
// a entrada na Sirigaita é reservada a pessoas associadas – podes-te associar à porta (3*/ano)

Universidade de Sevilha tenta sabotar sessão do Observatório Ibérico da Mineração

Sevilha, Andaluzía

“DEMOCRACIA NA UNIVERSIDADE!”

Depois de revogado o acesso a uma sala na Universidade, seguranças privados forçam ao término antecipado da conversa pública. Na faculdade de história de Sevilha, a mesa redonda “As ameaças Ambientais da Mineração do “‘Contra-Salão’ do Observatório Ibérico da Mineração foi posta na rua. Os professores pediram desculpa, tendo visto a sua liberdade de cátedra revogada.

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Marcha contra o gás em Huelva

_Huelva, Andaluzia

“Aqui se queima nosso futuro a todo o gás”

Em Huelva, uma centena de activistas pelo clima marcharam frente às fábricas de queima de gás em Huelva, pela justiça energética, reparação de ecossistemas e o fim da queima de gás, e dos combustíveis fósseis. Foram bloqueados os acessos à fábrica de queima de gás da Endesa.

https://t.me/PTrevolutionTV

Outubro 2022