Monthly Archives: February 2023
#8ENJC Justiça Climática para quem e qual o papel das mulheres na resposta à Emergência Climática
#8ENJC Neocolonialismo e justiça climática
#8ENJC Hoje é o último dia do gás e agora Organização Gás é andar para trás
#8ENJC Como pode a sociedade responder aos incêndios catastróficos
Carnaval 2023: Quero dançar com tu, não com a renda!
O Carnaval é a prova de que as ruas servem para serem ocupadas por corpos e por festa, não pelos interesses do capital. Numa cidade cada vez mais exclusiva e privatizada, é urgente que continuemos a lutar por uma cidade inclusiva e feita para quem a habita, não para quem a consegue pagar. Queremos casas onde possamos viver, inseridas em comunidades, com uma boa rede de transportes públicos e realmente inclusiva para todos os corpos.
No contexto da explosão dos preços das rendas e do crédito, do aumento drástico do custo de vida, da pobreza e da precariedade, as nossas vidas foram atiradas para uma crise permanente. Já não conseguimos pagar as nossas rendas ou suportar os nossos empréstimos bancários. Enquanto isto, seguem-se os despejos e as expulsões das nossas casas para longe das nossas comunidades, ao mesmo tempo que florescem os negócios em torno do turismo, do alojamento local e da especulação.
A desigualdade social no acesso à habitação e a degradação das condições de vida não são inevitáveis leis da natureza. São o resultado de políticas concretas de quem nos governa: políticas como os “vistos gold”, os “residentes não permanentes”, as medidas de atração dos nómadas digitais, as isenções fiscais ao investimento imobiliário e à construção e reabilitação urbana de luxo, o controlo privado e não democrático do planeamento urbano e a diminuição do poder dxs inquilinxs com a desregulação das rendas, a indiferença sobre os milhares de casas vazias existentes nas nossas cidades.
Por tudo isto nos manifestamos em Lisboa (CASA PARA VIVER, que vai partir da Alameda e da qual partilhamos aquí uma parte do manifesto feito entre multitude de coletivos) no dia 1 de abril de 2023. Integramo-nos em Housing Action Days 2023, uma semana de ações e manifestações por toda a Europa pelo direito à habitação, coordenadas por European Action Coalition for the right to housing and the city.
Saímos à rua por:
1- Direito à habitação;
2- Direito à cidade;
3- Fim da exploração e do aumento do custo de vida.

Carta aberta contra desalojamentos em 2º Torrão, Almada
Salva-se abrigo nos escombros de ser demolido
Na manhã desta segunda feira, 13, a Câmara de Almada, presidida por Inês de Medeiros (PS), deu seguimento às demolições de casas no bairro do 2° Torrão. O processo que persiste de forma violenta e desorganizada já dura 135 dias. Uma casa cuja família foi realojada foi demolida.
O Sr. Sebastião voltou a ficar sem abrigo, em Outubro, quando a Câmara Municipal de Almada demoliu o quarto em que vivia na zona da vala no 2° Torrão. Actualmente, ele encontrou abrigo nos escombros de uma casa que estava parcialmente demolida.
Na manhã desta segunda-feira, a Câmara planeava demolir a casa ao lado desse escombro onde ele está a viver. A comunidade em solidariedade acompanhou a demolição para apoiá-lo na luta por realojamento, para que as máquinas não avançassem com as demolições nas casas em torno e que não fossem cometidos abusos de autoridade, como viveram no passado.
O tecto provisório onde Sebastião está a dormir não é solução habitacional, mas é melhor do que estar na rua. As máquinas demoliram a casa da sua vizinha, mas o seu abrigo precário foi salvo e defendido nessa manhã pela comunidade solidária, que se opôs à demolição até que Sebastião tenha pelo menos uma alternativa emergencial. A Câmara recusou discriminatoriamente a Sebastião a alternativa emergencial mínima em que agora sobrevivem as famílias que habitavam na vala e cujas casas foram demolidas.
Entenda esta intervenção selvagem
Sobre uma vala subterrânea de escoamento de águas da chuva, no bairro do 2.º Torrão, estavam construídas 83 casas. Destas, 73 foram efetivamente demolidas em seis dias pela Câmara Municipal de Almada por um alegado risco de colapso da vala. A Câmara iniciou as demolições sem ter soluções habitacionais permanentes para a grande parte das famílias. Os agregados foram encaminhados para soluções emergenciais precárias: quartos sobrelotados em hostels, com restrição do uso da casa de banho, sem equipamentos de cozinha e bens essenciais. Outros foram realojados fora do concelho de Almada e estão a enfrentar muitas dificuldades.
Quando começaram as demolições, 18 agregados familiares haviam sido totalmente excluídos do realojamento. Destes, 13 interpuseram providências cautelares em tribunal que adiaram a demolição das suas casas. Entre os moradores que recorreram à ação judicial, 4 estiveram em unidades hoteleiras, 8 permaneceram em suas casas no bairro e um foi desalojado sem nenhuma alternativa, nem de emergência. A resistência que ficou a viver nos escombros é hoje constituída por 8 famílias que entraram na justiça, a que se somam outras duas famílias que não saíam sem chave na mão e o Sr. Sebastião. No total, 10 agregados familiares resistiram, organizaram-se e permanecem em luta até que todos sejam realojados.
Ninguém fica para trás!
A luta agora é para que não fique a viver na rua o Sr. Sebastião, mas também outras pessoas doentes, incluindo uma em tratamento oncológico, idosos e crianças. Nesta luta, estas famílias foram obrigadas a ter suas vidas interrompidas para tratarem de todos os documentos exigidos, perderam trabalho e ganharam problemas de saúde. No fim desta jornada, três famílias estão em maior vulnerabilidade e em risco de ficarem sem tecto.
A Câmara Municipal de Almada no primeiro dia de demolições admitiu ali mesmo ter “descoberto” 6 famílias. Com critérios pouco claros e arbitrários pelo menos 8 agregados familiares não foram reconhecidos como pertencentes ao bairro. Após pressão, das 13 famílias que estiveram a lutar na justiça, sabemos que:
7 foram parcialmente incluídas no Porta de Entrada, programa do Estado de resposta a emergência, e deverão ter alguma alternativa habitacional atribuída, mas inadequada ao tamanho do seu agregado familiar.
Uma teve acesso a casa camarária,
3 famílias foram totalmente excluídas dos programas de realojamento,
Uma família continua a aguardar resposta da Câmara.
A qualquer momento, a Câmara pode avançar com as demolições. Os moradores das casas no entorno, que não tem mais proteção jurídica, pois as medidas cautelares caíram, temem que suas casas possam vir a ser demolidas.
Exigimos que TODXS xs moradorxs afectadxs pelas demolições das suas casas façam parte do programa de realojamento! Sem chave ninguém sai!
SEGUNDOTORRÃO120DIAS
#REALOJAMENTOPARATODOSJÁ
#SEMCHAVENÃOSAIO
#HABITAÇÃOÉUMDIREITO
#SEMCHAVENINGUÉMSAI
#NINGUÉMFICAPARATRÁS
#JUNTOSCOMO2TORRÃO
Trafaria, 15 de Fevereiro de 2023,
Canto do Curió Associação Cultural
Habita
Stop Despejos
[23-02-19] Entrudo Mizarela! @ Vila Nova
Entrudo Mizarela!
Vila Nova - Montalegre (Sunday, 19 February 09:00)
Entrudo Mizarela!
Das 09h às 15:30h,
a ação acontece no lugar de Vila Nova - Montalegre.
Pelas 15:30h partirmos em cortejo para a ponte da Misarela, queimar o Velho!
Deixe o seu transporte no parque de estacionamento da Misarela, junto ao ringue!
Venham cá ter!
[23-02-24] Lutas pelo território – Das Alagoas Brancas às Covas do Barroso @ Associação Recreativa e Cultural de Músicos
Lutas pelo território - Das Alagoas Brancas às Covas do Barroso
Associação Recreativa e Cultural de Músicos - Associação Recreativa e Cultural de Músicos, Faro (Friday, 24 February 21:30)
SEXTA FEIRA_24 DE FEVEREIRO21H30ARCM_FARO
Em Faro, sexta-feira, dia 24 de fevereiro, na ARCM, às 21,30 h.
O próximo debate do Comité Custódio Losa MD na Associação Recreativa e Cultural de Músicos é co-organizado pelo Jornal Mapa e tem como tema LUTAS PELO TERRITÓRIO - DAS ALAGOAS BRANCAS ÀS COVAS DO BARROSO
/// Território ocupado é território defendido por quem se apropria do território - as populações. Se não há população, não haverá contestação ao eterno extractivismo, que agora é do lítio - no norte e centro do país.
O esvaziamento é já uma etapa do eco-fascismo.
A natureza também não se queixa. É o que se passa aqui no AllGrave, em Lagoa, nas Alagoas Brancas onde já se prepara a terraplanagem de habitats e zonas que deviam ser protegidas.
Como defender o território da voracidade do mercado? ///
[23-02-25] Marcha pelo Monte Santa Catarina @ Famalicão
Marcha pelo Monte Santa Catarina
Famalicão - Largo da Capela Santa Catarina, Famalicão (星期六, 25 二月 15:00)
Porque é urgente mobilizar a comunidade em torno da proteção do Monte Santa Catarina (Monte do Facho), vai acontecer no dia 25 de fevereiro, pelas 15h, uma Marcha nesse importante local de Famalicão, onde, nos últimos meses, tem sido cometido um crime ambiental gravíssimo, com o corte de uma extensa área florestal de 80 hectares, incluindo sobreiros e carvalhos, para a implantação de uma central fotovoltaica naquele local.
A transição energética deve acontecer, mas não com o sacrifício ambiental e ecológico do que mais devemos preservar, porque já é escasso e é a garantia de um futuro sustentável, que são as áreas verdes, as árvores, o solo fértil, os ecossistemas naturais e a biodiversidade.
Por isto e muito mais, e porque o que já aconteceu de muito negativo no Monte Santa Catarina não é irreversível e irreparável, apelamos a todas as pessoas que se juntem a esta ação de mobilização pública no terreno, para que conjuntamente se exija a proteção integral do Monte Santa Catarina e a regeneração das áreas já afetadas.
Contamos contigo para passar a palavra e marcar presença no dia 25 de fevereiro!
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Atenciosamente,
Associação Famalicão em Transição
(Direção)