[23-02-15] Cine.Gralha | Cuidar entre tierras. ¿Quién sostiene la vida cuando las mujeres migran? @ CSA A Gralha

Cine.Gralha | Cuidar entre tierras. ¿Quién sostiene la vida cuando las mujeres migran?

CSA A Gralha - Braamcamp, 74, Bonfim, Porto (Wednesday, 15 February 20:30)
Cine.Gralha | Cuidar entre tierras. ¿Quién sostiene la vida cuando las mujeres migran?

Cine.Gralha | “Cuidar entre tierras. ¿Quién sostiene la vida cuando las mujeres migran?” (2020, 49’, CooperAcció e La Directa), um documentário que aborda os meandros das cadeias de cuidados na economia capitalista, os seus impactos nas vidas, redes e comunidades das mulheres migrantes, assim como a continuidade das relações coloniais e extractivistas entre os países do Norte e do Sul globais.

Sinopse: “María trabalha como empregada doméstica a tempo inteiro, cuidando de um idoso em Tarragona, com o objectivo de cuidar o seu pai que se encontra no outro lado do Atlântico. Lucelly cuida – desde o 'bom dia' até ao beijo de 'boa noite' – da filha de uma família da cidade enquanto a dela cresce no campo. Luz Miriam faz um esforço extra para continuar a lutar pela defesa do rio Magdalena agora que, deslocada do território onde pescava, subsiste como empregada doméstica. São três das dezenas de milhares de mulheres que encarnam uma 'fuga de cuidados' da América Latina para a Europa e do campo para as cidades. Três das muitas mulheres que se tornaram migrantes e deslocadas, trabalhando como cuidadoras longe de casa, enquanto outras mulheres preenchem o vazio quotidiano para sustentar a vida nos seus territórios de origem. Como analisa Camila Esguerra, investigadora colombiana, “o suposto desenvolvimento dos países do Norte global ocorreu à custa da exploração das suas mulheres e da super-exploração das mulheres migrantes”.

CUIDAR ENTRE TIERRAS centra-se nas cadeias de cuidado, um fenómeno transnacional e urbanizado que materializa a continuidade das relações coloniais no corpo das mulheres do Sul global.”

A projecção inclui legendas em espanhol e será seguida de uma roda de conversa.

Haverá sopa, folhados de vegetais e bebidas quentes.

A entrada é livre. Vem e junta-te também!

[23-02-11] Noite de Falafel com Guaywey @ CSA A Gralha

Noite de Falafel com Guaywey

CSA A Gralha - Braamcamp, 74, Bonfim, Porto (Saturday, 11 February 20:00)
Noite de Falafel com Guaywey

Vamos armar uma Noite de Falafel na companhia de Guaywey, que animará as corpas com cumbia, reggaeton e outros ritmos bailongos!

O Falafel é uma comida típica palestiniana que tem sido sistematicamente objecto de apropriação cultural por parte do Estado israelita e pela propaganda sionista.

Contributo para Guaywey (dj set): 2 paus

Vem e junta-te!

[23-02-18] The Invention of Lying (2009, Ricky Gervais) 1h40m, Ing, legendas Pt. @ Centro de Cultura Libertária

The Invention of Lying (2009, Ricky Gervais) 1h40m, Ing, legendas Pt.

Centro de Cultura Libertária - Rua Cândido dos Reis 121 1dto, Cacilhas - Almada (Saturday, 18 February 17:30)
The Invention of Lying (2009, Ricky Gervais) 1h40m, Ing, legendas Pt.

Último filme do Cine-Fórum - Deus está Morto! (Livre pensamento e fanatismo religioso)

The Invention of Lying (2009), seguido de conversa e discussão

Com petiscos/jantar a preço livre

Ativistas ocupam floresta ameaçada perto de Dresden

Ativistas ocupam floresta ameaçada perto de Dresden

Chegou a hora, após 1 ano e meio de ocupação, o Heibo perto de Dresden deve ser despejado. Apenas para que um poço de cascalho continue a crescer, mas não permitiremos essa destruição !!! É por isso que em 12 de fevereiro (domingo) haverá uma grande demonstração para proteger o Heibo.

Comunicado de imprensa da ocupação da floresta Heibo em 7 de fevereiro de 2023

Tribunal Administrativo de Dresden: ocupação florestal é segura até 15 de fevereiro

Os ativistas da ocupação da floresta de Heidebogen estão felizes com a decisão do tribunal administrativo de Dresden recebida na tarde de terça-feira (7 de fevereiro). Na segunda-feira (6 de fevereiro), eles recorreram ao tribunal porque temiam que suas casas nas árvores e outras estruturas fossem despejadas na quarta-feira (8 de fevereiro) amanhã. O tribunal indeferiu o pedido urgente porque o escritório distrital confirmou após o pedido do tribunal que o despejo em 8.2. não vem. A ocupação da floresta agora está prevista para durar até o dia 15 de fevereiro. seguro.

“Assim temos clareza”, explica um ativista de nome florestal “pinheiro” da ocupação florestal. Além disso, outro importante objetivo provisório foi alcançado: o tribunal permitiu o acesso aos arquivos Sachsenforst previamente lacrados. Por exemplo, existem licenças especiais sob a lei de proteção de espécies que antes eram fechadas ao público. Ao inspecionar os arquivos, a iniciativa dos cidadãos de Würschnitz para a preservação da floresta pode apresentar essas licenças a especialistas independentes pela primeira vez.

O Ministério do Interior do Estado da Saxônia disse ao tribunal que não poderia identificar nenhuma circunstância em que uma evacuação da polícia impediria o direito de reunião dos ativistas. “Nossas casas na árvore de madeira são nosso meio central de rali. Com eles, estamos tornando clara a transição de construção urgentemente necessária: longe da produção de concreto prejudicial ao clima a partir de cascalho, em direção à construção industrial moderna de madeira dentro da estrutura da silvicultura sustentável!” Além disso, sem suas casas na árvore, os ocupantes da floresta não teriam nem proteção contra intempéries nem contra vandalismo. “Vemos isso como zombaria e irreal. O acampamento com tudo o que é necessário para viver é o pré-requisito para nossa liberdade de reunião, especialmente no inverno. O Ministério de Estado, portanto, julga mal a alta prioridade da liberdade de reunião!” disse “Fuchs”.

No entanto, a decisão urgente do tribunal não oferece segurança final. “A garantia da liberdade de reunião é e continua sendo o pré-requisito para trabalharmos para proteger a floresta, os pântanos, as águas subterrâneas e o clima. A situação atual mostra o quanto isso é necessário! A justiça climática continua sendo um trabalho manual. Não se pode confiar nas autoridades, o governo não tem a crise climática sob controle”, explica Kiefer.


TEXTOS COMPLETOS
Aplicação urgente dos ativistas: www.speicherleck.de/eil aplicada -heibo.pdf
Declaração do escritório distrital e da polícia: www.speicherleck.de/heibo-stel…
Resolução do Tribunal Administrativo de Dresden: www.speicherleck.de/heibo-besc…

Mais sobre a ocupação:

Ativistas ocupam floresta ameaçada perto de Dresden

Ottendorf-Okrilla. Ativistas climáticos ocupam um pedaço de floresta na área de mineração de cascalho Würschnitz 1. Desde o início de agosto, plataformas em árvores...

Da AG Relações Públicas
Data de postagem
18-08-2021

Dessa forma, eles querem evitar a superexploração contínua da fábrica de cascalho.

Ottendorf-Okrilla. Ativistas climáticos ocupam um pedaço de floresta na área da área de mineração de cascalho Würschnitz 1. Desde o início de agosto, plataformas sobre árvores foram construídas lá. A extracção de cascalho aqui prevista é vista com preocupação na região, uma vez que desde a aprovação do projecto, em 1998, não foi efectuada qualquer avaliação do impacto da extracção no ambiente. Os direitos minerários são exercidos pelos politicamente responsáveis ​​sem considerar o conhecimento atual. Isso deve mudar.

"É criminoso como os regulamentos especiais da reunificação são usados ​​aqui para minar a lei atual e, assim, destruir a floresta centenária. Mas isso não é tudo: depois o veneno é derramado no poço! Para que TUDO morra na charneca ao lado!”
– Ativistas* Barricada do Bente

Segundo especialistas locais , o pedaço de floresta é uma floresta manejada que cresceu ao longo dos séculos. Numerosas espécies raras de animais e plantas vivem aqui. A floresta faz parte de uma rede nacional de biótopos, um santuário de pássaros e um santuário de água potável de longo alcance. O sistema de água protegido pelas áreas florestais é, entre outras coisas, a base do abastecimento de água potável nas comunidades regionais até Brandemburgo.

A expansão da extração de cascalho terá um impacto significativo nas águas subterrâneas - fato que é amplamente ignorado ou mesmo negado pelos responsáveis. Posteriormente, as áreas recultivadas não poderão cumprir as funções de proteção necessárias à vida.

A área de superfície da mina de cascalho Ottendorf-Okrilla deve ser expandida para um total de 944 hectares (são 190 campos de futebol !). Os ativistas pedem a proibição imediata e permanente do desmatamento para preservar a biodiversidade e as funções ecológicas da floresta. Precisamos de uma ação consistente para implementar as metas climáticas confirmadas pelo tribunal constitucional.

“Os humanos já destruíram muitos ecossistemas valiosos. A maioria está ciente de que a forma como usamos os recursos já está colocando em risco a vida de milhões de pessoas. Agora acabou a diversão: queremos o bem comum antes do lucro!”
– Ativista Freya Wald


As estruturas criadas na floresta são construídas de forma amiga das árvores, penduradas em cordas vários metros acima do solo. Os ativistas querem não só usar a ocupação para preservar a floresta, mas também criar um local de encontro, troca e vivência prática de uma forma de sociedade mais amiga do clima.

Os ativistas estão muito felizes com visitas, discussões e apoios de qualquer tipo.

heibo.noblogs.org/

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Petição: Salvar a zona húmida das Alagoas Brancas

Petição: Salvar a zona húmida das Alagoas Brancas

No concelho de Lagoa, reside uma das últimas zonas húmidas de água doce do Algarve, conhecida como Alagoas Brancas. Esta zona é tudo o que resta de uma vasta zona húmida que deu nome à cidade e concelho de Lagoa, que se depara agora com a possibilidade de ficar sem qualquer tipo de zona natural de água doce.

Esta zona, que apesar do seu valor histórico, patrimonial, cultural, assim como imprescindível valor enquanto ecossistema e de instrumento natural para a mitigação das alterações climáticas e prevenção de inundações, acabou por ser classificada no anterior plano de ordenamento do território municipal, como área de expansão comercial e em 2009 aprovado um loteamento da mesma para fins comerciais. E, por fim, em Outubro de 2022 foi iniciado o processo de construção do último conjunto de superfícies comerciais que colocarão um fim definitivo à existência da referida zona como um centro de vida selvagem e “tampão natural” para cheias e recarga de aquíferos.

Face ao facto do conhecimento que temos em 2022 ser muito diferente do existente e importância dada em 2009 para a proteção dos ecossistemas naturais, não apenas para a preservação das espécies, mas como meio de combate às alterações climáticas;

Face ao facto de nunca se ter efetuado um estudo de impacto ambiental como instrumento de avaliação para a concessão de qualquer licenciamento para construção na zona;

Face ao facto de ter sido realizado um trabalho de investigação em 2019, levado a cabo pela Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve, ALMARGEM, em conjunto com outras entidades como a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, financiado pelo Fundo Ambiental, que resultou na identificação de 114 espécies de aves que utilizam a zona das Alagoas Brancas sobretudo para se alimentarem, nidificar e pernoitar; inclusive de espécies consideradas protegidas ou em perigo por diretivas europeias e portuguesas;

Face ao facto de que atualmente a contagem do número de espécies observadas na zona e registadas na plataforma internacional ebird.org ser já de 142;

Face ao facto da Associação Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, GEOTA, com o apoio do Laboratório de Geologia e Minas, ter apresentado o seu parecer em 2022 em que refere que do ponto de vista geomorfológico a área das Alagoas Brancas “constitui tipologia Reserva Ecológica Nacional como área estratégica de infiltração e de proteção à recarga de aquíferos e não deve ser impermeabilizada”;

Face ao facto de não ter sido cumprida a ordem do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas para a suspensão dos trabalhos, o início das obras já causou a destruição significativa do coberto vegetal, margens e zonas alagadas e não só nenhum animal foi retirado do local, como muitos já foram enterrados vivos;

Face ao facto de que em Novembro de 2022 ter dado entrada no Tribunal Administrativo de Loulé uma providência cautelar, que prontamente se pronunciou com ordem para a interrupção das obras;

Os presentes peticionários requerem que este assunto seja discutido no Parlamento, com a maior celeridade a que o contexto da situação exige, com vista à publicação das seguintes recomendações dirigidas aos órgãos do poder local do concelho de Lagoa:

Que se encontre uma solução para o fim imediato a qualquer possibilidade de construção urbana na referida zona;

Que se faça a devida revisão do plano director municipal com vista à classificação das Alagoas Brancas como zona de importância ecológica local (ZPE, Convenção de Ramsar, Natura 2000), à imagem do que municípios algarvios como Loulé e Silves já fizeram em zonas com características e contextos similares.

Que os instrumentos financeiros nacionais e europeus existentes para projectos de conservação da natureza sejam utilizados para a necessária reabilitação das Alagoas Brancas, como um espaço de excelência para a observação da natureza e até reforçando o valor turístico já reconhecido internacionalmente antes do início da sua destruição.

Movimento Salvar as Alagoas Brancas

www.facebook.com/groups/180437…

ASSINAR A PETIÇÃO:
peticaopublica.com/pview.aspx?…

[23-03-08] Marcha Internacional das Mulheres @ Guimarães

Marcha Internacional das Mulheres

Guimarães - Avenida Dom Afonso Henriques, Urgezes, Guimarães, Braga, 4810-912, Portugal (Wednesday, 8 March 12:00)
Marcha Internacional das Mulheres

Falta precisamente um mês para sairmos à rua para reivindicarmos um mundo justo e equitativo, onde o acesso aos cargos de poder e a um salário igual, por trabalho igual, seja uma realidade e não uma miragem ou uma contínua promessa.

Mais uma vez, o movimento 8M Guimarães, coligação feminista de grupos locais de defesa dos direitos humanos, convida todas as pessoas, associações, movimentos e coletivos feministas a juntarem-se na organização da Greve Internacional de Dia 8 de Março.

É necessário colocar definitivamente as pessoas no centro das políticas locais, e, em concreto, assegurar que a autarquia combate eficazmente o assédio, a violência de género, assim como contra menores e pessoas LGBTQIA+, não esquecendo o crescente cyberbullying.

Junta-te a nós nesta luta!

Porque, juntas somos mais fortes!

Mulheres em união fazem a revolução.

@rede8demarco

#8marco #grevefeminista2023 #Marchadiadamulher #feministmo #igualdadedegenero #feminism #rede8marco #grevefeminista

https://www.instagram.com/p/Coa2zHaoG1_/?igshid=MDJmNzVkMjY=

8 Março

18:00

Plataforma das Artes,

Guimarães

Regresso progressista nas eleições locais no Equador

Regresso progressista nas eleições locais no Equador

Os equatorianos rejeitaram as oito medidas no recente referendo, que foi promovido pelos conservadores, enquanto o Movimento Revolucionário Cidadão de Esquerda obteve ganhos significativos

Fevereiro 07, 2023 por Peoples Dispatch

A 5 de Fevereiro, mais de 10 milhões de equatorianos participaram nas sondagens para eleger autoridades locais e votaram várias medidas num plebiscito que visava alterar a constituição do país. Foto: CNE/Twitter

No domingo 5 de Fevereiro, mais de 10 milhões de equatorianos participaram nas eleições locais, elegendo presidentes de câmara, conselheiros e prefeituras, bem como os membros do Conselho para a Participação Cidadã e Controlo Social (CPCCS). De acordo com os resultados preliminares emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral do Equador (CNE), com mais de 98% dos votos contados, os progressistas saíram vitoriosos em regiões cruciais do país.

O Movimento Revolucionário Cidadão (RC), liderado pelo ex-presidente Rafael Correa, venceu as prefeituras em nove das 23 províncias. O RC também ganhou as prefeituras em sessenta cidades, incluindo a capital Quito, e a maior cidade do país, Guayaquil. Foram também eleitos para as prefeituras de Azuay, Cañar, Guayas, Imbabura, Manabí, Pichincha, Santo Domingo de los Tsáchilas, e Sucumbios.

O RC agradeceu ao povo do Equador pelo seu apoio. "Após mais de seis anos de perseguição, de tirar o estatuto legal da nossa organização política, de encarcerar injustamente os nossos camaradas e de forçar outros a viver no exílio, nestas eleições seccionais de 2023 demonstrámos que somos a principal e maior força política do Equador. Estamos mais vivos do que nunca...É uma vitória histórica...Uma nova era começa a recuperar o Equador dos territórios, juntamente com as pessoas que sabem que estávamos melhor antes!" disse o partido numa declaração.

O ex-Presidente Correa (2007-2017) também celebrou a vitória do seu partido nas eleições locais do país. "Somos mais uma vez a Revolução Cidadã: alcançámos o impossível. Estamos quase lá. Até à vitória, sempre", tweeted juntamente com um vídeo dele cantando uma canção da vitória.

Volvimos a ser Revolución Ciudadana: logramos lo imposible.
Ya falta poco.
¡Hasta la victoria siempre! pic.twitter.com/84wKv1on1v

- Rafael Correa (@MashiRafael) 6 de Fevereiro de 2023

No domingo, os cidadãos participaram também num referendo constitucional, promovido pelo Presidente conservador Guillermo Lasso. O plebiscito tinha oito perguntas, que pediam a aprovação pública para reformar a Constituição de 2008 em matéria de segurança, instituições, democracia e ambiente. Os eleitores tiveram de responder Sim ou Não a cada uma das perguntas. De acordo com os resultados preliminares, a opção "Não" ganhou em todas as perguntas por uma ampla margem.

Uma das oito perguntas feitas se a extradição de equatorianos acusados de crimes relacionados com o crime organizado internacional seria permitida. Outra perguntou se seria concedida autonomia e independência à Procuradoria-Geral do Estado em relação ao Estado. Outra perguntava se o país deveria reduzir o número de legisladores na Assembleia Nacional de 130 para 150, dependendo da dimensão da população nas províncias, para cerca de 100. Os equatorianos rejeitaram todas estas medidas. Outros pediram aprovação para fixar um número mínimo de membros para movimentos políticos e eliminar os poderes do CPCCS para nomear funcionários do Estado como o Procurador-Geral e o Controlador-Geral da República. As perguntas sobre a questão do ambiente perguntavam se os subsistemas de protecção da água seriam incorporados no Sistema Nacional de Áreas Protegidas, e se as comunidades e as pessoas seriam beneficiárias de compensação estatal pelo seu apoio à geração de serviços ambientais. Os equatorianos rejeitaram todas as propostas.

O Presidente Lasso, que tem uma taxa de aprovação de cerca de 30%, numa mensagem dirigida à nação na segunda-feira à noite, reconheceu os resultados e aceitou a derrota do seu governo no referendo. "O objectivo do referendo do domingo passado era sempre ouvir o povo independentemente da sua proclamação...aceito que a maioria não concorda que estas questões sejam resolvidas com os instrumentos postos à consideração no referendo", disse Lasso.

Os resultados das eleições de domingo e da consulta popular, que foram vistos como um referendo revogatório para a administração Lasso, confirmam um cenário difícil para o governo Lasso, que tem lutado para conter a insegurança crescente e a violência generalizada nas prisões. Em 2022, o Equador registou a maior taxa de homicídios em sete anos: 19,6% por 100.000.

Desde a tomada de posse em Maio de 2021, o presidente tem enfrentado numerosas discordâncias e colidido repetidamente com o Congresso unicamaral controlado pela oposição. Em Junho de 2022, organizações indígenas, camponesas e sociais encenaram semanas de greves nacionais e protestos em massa contra a crise do custo de vida, falta de oportunidades e garantias, e actividades mineiras e de exploração petrolífera nas suas terras ancestrais. Estes protestos deixaram seis mortos e mais de trezentos feridos antes de se chegar a um acordo. Após a greve, a Assembleia Nacional realizou uma votação para retirar o Lasso do poder, da qual escapou por pouco.

Dias antes das eleições e do referendo, várias organizações sociais, sindicatos e associações de estudantes rejeitaram o plebiscito, argumentando que as questões não resolvem as exigências fundamentais da população.


O RC, na declaração, também secundou o facto de o referendo não ter abordado as necessidades básicas dos equatorianos. "As pessoas disseram NÃO a esta complicada consulta que não resolve os problemas de insegurança, desemprego, pobreza. Esta é uma vitória do nosso povo, da nossa militância, que nunca acreditou em mentiras, que perante o ódio respondeu com amor, que nunca perdeu a esperança de reconstruir um Equador seguro, com serviços de saúde e educação pública de qualidade, com trabalho decente, e desenvolvimento para os mais vulneráveis", disse o partido.

"Esta vitória é dedicada a todos aqueles que nunca deixaram de acreditar no nosso projecto político. Isto é apenas o começo para recuperar a nossa pátria. A nossa pátria cor de canela que se indigna perante a fome, a desigualdade e os abusos dos governos neoliberais". Até que a dignidade se torne um costume", acrescentou o partido.

As eleições de domingo, que também serviram de indicador para as eleições gerais de 2025, ratificaram o reforço do RC no país e a vontade popular de regressar ao Correismo, que se caracterizou por programas de bem-estar social em grande escala e projectos de infra-estruturas públicas. Durante o mandato de 10 anos de Correa, a economia do Equador registou um crescimento médio anual de cerca de 3%.

via: People’s Dispatch

peoplesdispatch.org/2023/02/07…