Anthi Papadimatou: other forms of life

Anthi speaks about refugee camps, escapism, new forms of life, recognizing and creating new environments, reforesting, creating healthier environments, embracing and recognizing the other, who comes to us for help in times of unrest....

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À conversa com Ângela Polícia

Ângela Polícia junta-se à MATERIA PRIMA para uma conversa íntima sobre aquilo que faz, seu trabalho, paixões, experiências recentes e historiografias pessoais, a experiência da viagem e da migração, do voo, para cima e para baixo, imergir e emergir....

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Anthi Papadimatou: other forms of life

 

Anthi speaks about refugee camps, escapism, new forms of life, recognizing and creating new environments, reforesting, creating healthier environments, embracing and recognizing the other, who comes to us for help in times of unrest.

We talk about changing paradigms and ways of thinking, to not be part of the problems anymore, but try to be part of the solutions, and finding the ways and means to start going in other directions.

Anthi Papadimatou is a greek student of anthropology and is working on a refugee camp in greece. She is also a photographer, and her work can be seen here: @anthi.papadimatou

Moca e a música experimental

Moca fala acerca da música experimental após o concerto na “Matinoise” em Braga, organizado pela “Cantigas do Poço“.

Entrevista gravada na “Matinoise” das Cantigas do Poço no Rockstar pub, em Braga.

 

sobre o seu projecto, “IIOIIIE”:

“IIoIII3, ou, para os leigos, “nome” é um projeto com um número de membros sempre incógnito e sempre aberto, com o geresiano João Martins (Moca) no seu epicentro. Usa instrumentos convencionais e um set de pedais, objetos que estejam à mão, e/ou a simples energia da frustração para atingir níveis ultra-sónicos de ruído capazes de perfurar os nervos dos mais incautos. Sempre do vosso lado, disposto a esvaziar o preenchido e a preencher o vazio, ei-lo.” – Cantigas do Poço

Moca é um ilustrador, pintor e agente cultural. Mestre em Artes Plásticas pela FBAUP, co-fundou os colectivos Praga (Caldas da Rainha), Projéctil (Braga) e a promotora Cantigas do Poço (Braga).

O site do MOCA está acessível aqui: IIIOCA

Imagem da capa: “Gravuras (corpo/espaço/movimento)” – 2009, IIIOCA

Ação em Defesa do Barroso

Ação simbólica acompanhada de cânticos, palavras de ordem e ritmos de resistência.

Centenas de pessoas juntaram-se no Barroso para defender o território contra o projecto de mineração de Lítio a céu aberto, aparentemente patrocinado pelo Estado Português.

Há vários anos que esta luta contra a empresa Savanah Ressources decorre em terras do Barroso, e noutros lugares, desde a serra da Estrela, à serra da Arga, mas também em outros países do mundo como Chile e Ecuador, e Bolívia, onde recentemente ocorreu um golpe de estado que durou um ano, abertamente patrocinado por um dos homens mais ricos do mundo, que é dono de uma empresa de carros elétricos, a Tesla. Estas empresas de carros estão numa busca mundial por Lítio, o “ouro branco” que serve para fazer as baterias dos carros, telemóveis e outros aparelhos.

Numa tentativa de lucrar com a febre do lítio, o Estado Português disponibilizou, para estas empresas trans-nacionais, cerca de 20% do território para “prospeção” de lítio, e cerca de 10% para mineração. Estas montanhas e serras que contêm o tão procurado produto, situam-se muitas das vezes em zonas protegidas (parques naturais, rede natura, etc.) como é o caso da serra da Estrela, da Argemela ou da Arga, e como é o caso do Barroso, que foi classificado recentemente como Património Agrícola Mundial pela UNESCO. Estas proteções, oficialmente reconhecidas e afirmadas pelo Estado, não impedem totalmente que a mineração acontece, embora tenham sido defendidas sobretudo pelas populações locais, como forma de pressão contra o estado.

Ao longo do últimos anos ocorreram mudanças em Covas do Barroso, começando pela necessidade da população de se opor à mineração. Para isso formaram a ASSOCIAÇÃO UNIDOS EM DEFESA DE COVAS DO BARROSO. Elegeram a Presidente da Junta de Freguesia, Lúcia Dias Mó. Também elegeram Aida Fernandes como Presidente do Conselho Diretivo dos Baldios. Estas mulheres estão na frente da luta anti-mineração. É realmente uma prova de como as mulheres no poder são capazes de operar mudanças políticas significativas.

Os Baldios são uma peça importante do jogo: No Barroso há cerca de 2000 ha de Baldios. Grande parte das terras onde a empresa encontrou o lítio são terrenos Baldios. Isto significa que para poderem minerar nestes terrenos, a empresa necessitaria do apoio de toda a população, visto que Os verdadeiros e legítimos detentores dos baldios são os compartes. Os compartes são os residentes da região, ou seja, a população local. E das cerca de 100 pessoas que participam nas assembleias todas elas sem exceção são contra a Mina, tornando assim a vida extremamente difícil à empresa, no que toca ao acesso aos terrenos. Estes Baldios, liderados pela Aida Fernandes, são a fronteira que a empresa não consegue derrubar, e enquanto o “povo estiver unido”, realmente, “jamais será vencido”. Há claro, o perigo de uma mudança política. Se o povo estivesse de acordo, então seria fácil para a empresa obter as autorizações necessárias.

Os efeitos da mineração são incontáveis: Poluição generalizada, Ruído, Destruição da Terra e dos Ecossistemas, destruição das formas de vida existentes. Por isso o povo está cada vez mais unido, em defesa da vida, da terra, da biodiversidade, da água e das suas formas de vida. É necessário que as populações tenham poder de decisão sobre o que querem fazer com o território que habitam. Uma Mina no Barroso significaria a morte das aldeias envolventes, a destruição da Natureza, o empobrecimento geral de grande parte da população e uma derrota da democracia.

“A gente do Barroso está em luta pela defesa do território e do seu modo de vida frente à ameaça da mineração. Desde que nos apercebemos que a empresa Savannah Resources quer aqui fazer uma grande mina a céu aberto, temo-nos organizado e mobilizado para lhe fazer frente. Estamos cada vez mais alerta, comprometidos e conscientes que temos de parar este projeto de destruição.”

De 14 a 18 de Agosto centenas de pessoas juntaram-se em Covas do Barroso em defesa das serras contra a mineração. Este resgisto foi feito espontaneamente pela Materia Prima, ouvindo os sons da aldeia, seus habitantes e activistas que se mobilizaram nestes dias.

Não às Minas, Sim à Vida!

 

Captação de som e publicação: Miguel Cardoso (Matéria Prima)

Obrigada à Mariana, por ceder o equipamento de som.

 

Este programa passa também nos seguintes canais:

Rádio Paralelo
Programa Zingarelho: Notícias, agenda, música e propaganda descarada sem deus nem mestres.
[ Terça Feira, 21/09/2021, das 17:00 às 19:00]

Rádio Gabriela (Em Breve)

https://minanao.noblogs.org/post/2021/09/16/audio-acao-em-defesa-do-barroso/

Acampada em Defesa do Barroso

https://anchor.fm/atuaprima/episodes/Acampada-em-Defesa-do-Barroso-e169l1q

A gente do Barroso está em luta pela defesa do território e do seu modo de vida frente à ameaça da mineração. Desde que nos apercebemos que a empresa Savannah Resources quer aqui fazer uma grande mina a céu aberto, temo-nos organizado e mobilizado para lhe fazer frente. Estamos cada vez mais alerta, comprometidos e conscientes que temos de parar este projeto de destruição. De 14 a 18 de Agosto centenas de pessoas juntaram-se em Covas do Barroso em defesa das serras contra a mineração.

Este resgisto foi feito espontaneamente pela Tua Prima, ouvindo os sons da aldeia, suas habitantes e activistas que se mobilizaram nestes dias.

Gracias.

Não às Minas, Sim à Vida!

Manifesto

Djam e as novas mitologias

Djam visita a Matéria Prima para falar de novos começos. Como podemos pensar o mundo na sua multiplicidade, nas suas pluralidades? Como podemos imaginar novos começos, novas formas, novas mitologias? Como podemos pensar o mundo pós colonial? Qual o trabalho dxs artistas na criação de novas prespectivas? E como aprender a amar de novo?

Djam Neguin é dançarino, performer e músico, um artista multifacetado de Cabo Verde. O seu trabalho procura inspirar as pessoas para um futuro melhor. Recentemente lançou o maravilhoso projecto “SÊ KEL K BO Ê”, com Batchart, para sensibilizar para a saúde mental e o suicídio: “a cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo”. Organizou Kontornu: Festival Internacional De Danca Contemporânea de Cabo-Verde. Foi bolseiro da Gulbenkian em 2019 com o seu trabalho “Mornatomia”. Criou o video Menos Álcool, Mais Vida para sensibilizar para o excessos de consumo de álcool.

 

Manuella Bezerra de Melo apresenta “V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA”

Manuella visita o programa para apresentar “V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA: Uma antologia antirracista/antifascista de poetas estrangeirxs em Portugal” da qual é organizadora e curadora.

Falámos de anti-racismo, ocupação espaços, vozes e silenciamentos, territórialidades, doçura, violências e linguagem/ compreensão, para compreender melhor o âmbito da Antologia, que reúne 49 poetas estrangeirxs em Portugal.

Segundo o prefácio de Manuella Bezerra Melo, há mais de 600 mil estrangeirxs em Portugal. E 62% dos Portugueses manifestam racismo. Com estes números entrevemos a dimensão da questão. Séculos de história de violência imperialista e colonial, continuam a marcar tanto “cá” como “lá”. A Antologia V̶O̶L̶T̶A̶ é um passo em frente para o futuro que teremos de construir em conjunto, na abertura de portas e janelas, na ocupação de espaços e reivindicação de direitos, na vontade de construir e fazer avançar a democracia em conjunto.

“Dos mais extremos até o mais subtil preconceito, o estrangeiro em Portugal, está preso nesse labirinto na companhia de insultos e desdém, de pré-julgamentos quanto à sua idoneidade que nascem exclusivamente por serem quem são, dos estereótipos que ajudam a manter a hierarquia da superioridade colonial; homens brasileiros são violentos ou malandros, mulheres brasileiras são prostitutas ou vulgares, pretos são pretos, oras, deviam existir para servir e não mais que isso, para os ciganos, sapos na porta para espantá-los, latinos são um braço europeu, uma extensão do corpo, ou seja lá de onde você venha, você não deveria ter vindo, não deveria estar aqui, mas já que está, agora vai aprender a falar português corretamente, porque afinal o que falas é outra coisa, uma coisa errada. E podes até mesmo ter doutoramento em letras e literatura, segues a ser um colonizado analfabeto e ignorante para qualquer português, mesmo que ele nem tenha completado o quarto ano primário. “

 

Bruno, cuja ancestralidade da Guiné estava cravada, era , curiosamente, português, nascido e criado em Chelas, morto em Moscavide enquanto o mandavam VOLTAR. Perguntamos, portanto, angustiadamente, a que terra devemos voltar? Em que terra deveríamos estar que não aquela onde estamos agora? A quem pertencem estas terras todas? Os que nos mandam voltar à nossa terra serão os mesmos que um dia a ocuparam violentamente?

– Manuella Bezerra Melo, prefácio
«V̶O̶L̶T̶A̶ PRA TUA TERRA: Uma antologia antirracista/antifascista de poetas estrangeirxs em Portugal», org.: manuella bezerra de melo e wladimir vaz, Urutau, 2021

A Antologia será lançada dia 8 de Maio 2021, no Porto.

Manuella Bezerra de Melo é curadora e organizadora da antologia VOLTA para tua terra junto ao editor Wladimir Vaz. Autora de Pés Pequenos pra Tanto Corpo (Urutau, 2019), Pra que roam os cães nessa hecatombe (Macabéa, 2020), ambos de poesia, e de A Fenda, seu primeiro livro de ensaio, no prelo pela editora Zouk. É jornalista especialista em literatura brasileira e interculturalidade, mestre em Teoria da Literatura e Literaturas Lusófonas e, atualmente, doutoranda no Programa de Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas na Universidade do Minho, em Portugal, onde vive desde 2017.